A PROFECIA DE ISTAMBUL
Título: A Profecia de Istambul
Autor: Alberto S. Santos Idioma: Português Editor: Porto Editora Edição: 10-2010 Título: La Profecía de Estambul
Autor: Alberto S. Santos Idioma: Espanhol Editor: Editorial El Ateneo Edição: 03-2022 |
O que é mais valioso: o amor ou a salvação da Humanidade?
SINOPSE
Apenas um pequeno grupo de iluminados conhece o inquietante mistério associado à Lança do Destino que, em silêncio, atravessa séculos e milénios. As cidades de Istambul, Argel e Salónica do século XVI são o exótico cenário da luta entre o Bem e o Mal, onde nasce uma terrível profecia que ameaça o futuro da Humanidade.
A Profecia de Istambul é um empolgante romance que traz à cena os prodigiosos seres que transformaram a bacia do Mediterrâneo num fervente caldeirão cultural durante o Século de Ouro. Num tempo em que mudar de religião pode significar a ascensão social ou a fogueira da Inquisição, muitos são os homens e as mulheres permanentemente confrontados com as mais duras penas, e com a sua própria consciência, para que tomem a decisão das suas vidas. Pelo meio de corsários, cativos, renegados, conquistadores e judeus fugidos dos estados ibéricos, entre um inviolável pacto e um perturbante mistério, emerge uma fascinante história de amor, que irá colocar à prova os valores mais profundos de um ser humano. O que é mais valioso: o amor ou a salvação da Humanidade? |
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IMPRENSA
Apresentação de livro
O escritor e autarca Alberto S. Santos estará presente na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, no próximo dia 20 de Abril, pelas 21h.30, para nos apresentar o seu mais recente romance A Profecia de Istambul. [ler mais...]
Notícias da Biblioteca Municipal de Vila Nova de Famalicão
Alberto S. Santos apresentou La Profecía de Estambul na Argentina
O escritor penafidelense Alberto S. Santos esteve recentemente na Argentina para a apresentação da edição em castelhano do seu livro “A Profecia de Istambul”, e para participar na Feira Internacional do Livro de Buenos Aires. [ler mais...]
Tâmega e Sousa
Cómo lo escribí
Cómo lo escribí: el portugués Alberto Santos cuenta intimidades de La profecía de Estambul, su novela con judíos, musulmanes y cristianos en los rigores de la Inquisición [ler mais...]
Leamos
Es interesante cómo funciona el humano en situaciones extremas como el fanatismo
En La profecía de Estambul, el escritor portugués desarrolla una trama tensa entre musulmanes, judíos y cristianos. [ler mais...]
Clarín Cultura
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Notícias da Biblioteca Municipal de Vila Nova de Famalicão
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En La profecía de Estambul, el escritor portugués desarrolla una trama tensa entre musulmanes, judíos y cristianos. [ler mais...]
Clarín Cultura
OPINIÃO DOS LEITORES
«Um romance arrebatador. Sem dúvida foi um livro que me capturou. Li-o compulsivamente e adorei. Penso que é um casamento perfeito entre História, lendas cristãs e romance. Os cenários estão magnificamente construídos. De tal modo, que se conseguem sentir as texturas, os cheiros e os ambientes. E a linha narrativa é sublime. Houve mesmo momentos em que deslizei de um lado para o outro no sofá, inquieto e completamente envolvido na acção do livro. Todos aqueles que gostam de romances com fundos e factos históricos, como A Escrava de Córdova ou O Deus do Deserto, apostem neste! Irão adorar!»
Álvaro Martinho, in Opinião dos Livreiros
«Este livro proporciona horas de prazer numa leitura envolvente, graças à escrita fluída, rica, e à história, fruto de uma grande pesquisa, feita com muito gosto e rigor. Um romance histórico, empolgante e cheio de vida. Impressionante!»
Andreia Borges, in Opinião dos Livreiros
«Este segundo livro de Alberto S. Santos volta a brindar-nos com um romance histórico que revela uma investigação rigorosa e aprofundada sobre os factos históricos ocorridos no século XV. Aconselho a leitura a todos os que gostam de romance histórico e de reflectir sobre os alvores da amizade.»
Nuno Magalhães, in Goodreads
«É um livro surpreendentemente interessante, move o leitor de uma forma muito inteligente a virar a próxima pagina, outra e outra...»
Diana Matias, in Goodreads
«Um livro que é uma liação de historia dos tempos da inquisição espanhola e das guerras de Espanha em território africano. É também uma história de perdas, de escravidão, de ultrapassagem de medos e aversões, de um lado do islamismo em que cada pessoa pode singrar e chegar alto, desde que trabalhe para isso e também um lado radical do catolicismo perigosamente cruel.»
Ana Luísa Henriques, in Goodreads
«Uma leitura agradável, história muito interessante e com uma certa dose de suspense que nos faz prender. Foi a primeira vez que li um livro deste autor e recomendo.»
Maria Sena, in Wook (comentário)
«Aventura e história. Gostei muito do livro, tem muito movimento e a conponente histórica agrada-me muito.»
Cátia, in Wook (comentário)
«Depois de ter lido o aliciante A Escrava de Córdova, que adorei, algumas desconfianças neste segundo livro do autor. Mas… completamente desfeitas as minhas dúvidas. Magnífico romance histórico. Difícil esquecer Jaime Pantoja, Simão Gonçalves e Fernando Del Pozo. Aproxima-se o dia do Pai e já solicitei como prenda o terceiro livro do autor O Segredo de Compostela.»
José Nogueira Pinto, in Wook (comentário)
«Este livro foi-me oferecido como prenda de Natal. Alguma desconfiança… mas, grande surpresa, não conhecia a Obra nem tão pouco o Autor. Fiquei fã. Gostei, excelente a narração, grande lição de história que aí se encontra. Pelo que averiguei existem mais duas obras do Autor, iniciarei pela A Escrava de Córdova e lerei de seguida O Segredo de Compostela. Sugiro a quem ler este meu simples comentário a leitura desta obra.»
José Neves, in Wook (comentário)
«Esta foi mais uma daquelas leituras que ao início me assustou. De facto, é fácil desiludirmo-nos quando criamos expectativas muito elevadas. Li este ano A Escrava de Córdova, do mesmo autor, e confesso que adorei. Desde essa leitura e desde que soube do lançamento do A Profecia de Istambul que tenho esperado ansiosamente para o ler. Este novo livro correspondeu às minhas expectativas e proporcionou-me horas de prazer numa leitura envolvente, graças uma escrita fluída mas rica, e a uma história com certeza fruto de uma grande pesquisa que, deduzo, foi feita com gosto e rigor.»
Márcia F.B., in Planeta Márcia
«Se gostam de narrativas históricas, com um enredo carregado de aventura, mistério e muito drama, este livro é uma excelente escolha. Com este livro viajamos, não só no tempo como no espaço. Partimos de Espanha, passando pelo Norte de África e pela velha Constantinopla, sem esquecer Itália, Portugal e Brasil que também fazem parte de tão longa viagem. Este livro transporta-nos a outros mundos, traz-nos novas visões, cheiros e inquetações. Seduz-nos, intriga-nos. E é também isso que é tão interessante.»
Andreia Ferreira, in Repórter Sombra
«A obra não desiludiu. Trata-se claramente de um livro de grande rigor histórico. Pressente-se o trabalho exaustivo que o autor empreendeu, quer em termos de factos, datas, locais e na própria linguagem! Uma linguagem muito cuidada mas fluída, bonita, que facilmente nos transporta para uma outra época... quase parece que Alberto S. Santos usou uma máquina do tempo para conseguir retratar de forma tão fiel os locais por onde as personagens passam.. E quase parece que o autor nos transporta, durante a leitura, nessa mesma máquina.»
Roberta Frontini, in Flames
«É de realçar que em A Profecia de Istambul a ficção está muito bem enquadrada com os factos históricos, o que dá solidez e credibilidade ao romance.»
Rui Azeredo, in Porta-Livros
Álvaro Martinho, in Opinião dos Livreiros
«Este livro proporciona horas de prazer numa leitura envolvente, graças à escrita fluída, rica, e à história, fruto de uma grande pesquisa, feita com muito gosto e rigor. Um romance histórico, empolgante e cheio de vida. Impressionante!»
Andreia Borges, in Opinião dos Livreiros
«Este segundo livro de Alberto S. Santos volta a brindar-nos com um romance histórico que revela uma investigação rigorosa e aprofundada sobre os factos históricos ocorridos no século XV. Aconselho a leitura a todos os que gostam de romance histórico e de reflectir sobre os alvores da amizade.»
Nuno Magalhães, in Goodreads
«É um livro surpreendentemente interessante, move o leitor de uma forma muito inteligente a virar a próxima pagina, outra e outra...»
Diana Matias, in Goodreads
«Um livro que é uma liação de historia dos tempos da inquisição espanhola e das guerras de Espanha em território africano. É também uma história de perdas, de escravidão, de ultrapassagem de medos e aversões, de um lado do islamismo em que cada pessoa pode singrar e chegar alto, desde que trabalhe para isso e também um lado radical do catolicismo perigosamente cruel.»
Ana Luísa Henriques, in Goodreads
«Uma leitura agradável, história muito interessante e com uma certa dose de suspense que nos faz prender. Foi a primeira vez que li um livro deste autor e recomendo.»
Maria Sena, in Wook (comentário)
«Aventura e história. Gostei muito do livro, tem muito movimento e a conponente histórica agrada-me muito.»
Cátia, in Wook (comentário)
«Depois de ter lido o aliciante A Escrava de Córdova, que adorei, algumas desconfianças neste segundo livro do autor. Mas… completamente desfeitas as minhas dúvidas. Magnífico romance histórico. Difícil esquecer Jaime Pantoja, Simão Gonçalves e Fernando Del Pozo. Aproxima-se o dia do Pai e já solicitei como prenda o terceiro livro do autor O Segredo de Compostela.»
José Nogueira Pinto, in Wook (comentário)
«Este livro foi-me oferecido como prenda de Natal. Alguma desconfiança… mas, grande surpresa, não conhecia a Obra nem tão pouco o Autor. Fiquei fã. Gostei, excelente a narração, grande lição de história que aí se encontra. Pelo que averiguei existem mais duas obras do Autor, iniciarei pela A Escrava de Córdova e lerei de seguida O Segredo de Compostela. Sugiro a quem ler este meu simples comentário a leitura desta obra.»
José Neves, in Wook (comentário)
«Esta foi mais uma daquelas leituras que ao início me assustou. De facto, é fácil desiludirmo-nos quando criamos expectativas muito elevadas. Li este ano A Escrava de Córdova, do mesmo autor, e confesso que adorei. Desde essa leitura e desde que soube do lançamento do A Profecia de Istambul que tenho esperado ansiosamente para o ler. Este novo livro correspondeu às minhas expectativas e proporcionou-me horas de prazer numa leitura envolvente, graças uma escrita fluída mas rica, e a uma história com certeza fruto de uma grande pesquisa que, deduzo, foi feita com gosto e rigor.»
Márcia F.B., in Planeta Márcia
«Se gostam de narrativas históricas, com um enredo carregado de aventura, mistério e muito drama, este livro é uma excelente escolha. Com este livro viajamos, não só no tempo como no espaço. Partimos de Espanha, passando pelo Norte de África e pela velha Constantinopla, sem esquecer Itália, Portugal e Brasil que também fazem parte de tão longa viagem. Este livro transporta-nos a outros mundos, traz-nos novas visões, cheiros e inquetações. Seduz-nos, intriga-nos. E é também isso que é tão interessante.»
Andreia Ferreira, in Repórter Sombra
«A obra não desiludiu. Trata-se claramente de um livro de grande rigor histórico. Pressente-se o trabalho exaustivo que o autor empreendeu, quer em termos de factos, datas, locais e na própria linguagem! Uma linguagem muito cuidada mas fluída, bonita, que facilmente nos transporta para uma outra época... quase parece que Alberto S. Santos usou uma máquina do tempo para conseguir retratar de forma tão fiel os locais por onde as personagens passam.. E quase parece que o autor nos transporta, durante a leitura, nessa mesma máquina.»
Roberta Frontini, in Flames
«É de realçar que em A Profecia de Istambul a ficção está muito bem enquadrada com os factos históricos, o que dá solidez e credibilidade ao romance.»
Rui Azeredo, in Porta-Livros
CITAÇÕES
«- Eu também te amo, muito, querido Jaime!…
Os rostos voltaram à simetria inicial. Um irreprimível magnetismo que só os enamorados conhecem fundiu os seus perfumados hálitos. Os lábios conheceram-se na leveza do primeiro toque, sorriram e logo se dissolveram num beijo vermelho, longo, profundo e apaixonado. Como se as almas de cada um estivessem a perscrutar a do outro, e a afagar-se mutuamente, aconchegando o sentimento que, de forma indelével, já os unia.»
«Os dois amantes mergulharam, a seguir, um no outro, descobrindo, com vagar, pedaços de pele e de sentimento. Territórios erógenos e afeições reprimidas, agora desnudadas, com os corpos que se misturavam na areia fina. E rebolavam, em busca da eternidade que só a paixão intensa e descoberta consegue gerar, estendendo a vida para além dos limites, transformando homens em deuses, através de algo tão simples e complexo, como é a taça do doce veneno do amor, onde todos os humanos querem beber.»
«Aquele instante cristalizava todos os ódios e temores que nutriam entre si. O pensamento de Jaime foi, então, visitado com a dúctil imagem de Rosa. Vivia a ambivalência dos sentimentos: o amor por alguém já tão presente no seu coração, mas que não podia ser vivido em total plenitude, por causa de um homem, daquele homem, que, por razões nebulosas, lhe queria tirar a vida e que acreditava ser ainda noivo da sua amada.»
«Jaime, amor da minha vida,
Não imaginas a alegria que as tuas notícias me trouxeram. Acabaram os dias seguidos de tantas consumições, sonos ausentes, esperas de uma nuvem de pó que te trouxesse do deserto oriental, ou de uma galé que desembarcasse a razão dos meus dias. Não chegou, nem uma nem outra. Mas vieram as tuas notícias. Estás vivo e, em breve, estarás perto de mim. Vou disponibilizar todos os haveres pessoais de que posso dispor e pedir algum dinheiro emprestado aos meus irmãos. Serei eu mesma a resgatar-te. A trazer-te para junto de mim, para sermos felizes, como nos prometemos.
Jaime, tenho alguns segredos a revelar-te. Sei agora que posso confiar em ti e, por isso, pretendo a tua ajuda para algo que é muito importante na minha vida. Não vejo a hora de te ter ao meu lado.
Com esta carta, seguirá, pelo mesmo mensageiro, o padre Blanco, o dinheiro necessário à tua redenção. No momento em que te escrevo, ainda não o juntei todo. Mas, dentro de uma semana, quando voltar o padre a Argel, estou certa de que já o terei.
Recebe um jardim de rosas, para cheirares uma por cada dia da tua viagem de regresso.
Um beijo eterno da tua
Rosa»
«- Agora sei qual a verdadeira religião que este Mediterrâneo me fez descobrir!... – entrecortou Jaime, de olhos fitos nos da amada.
- E qual é, amor meu?
- És tu, a minha religião…! Que Deus me perdoe, mas, em ti, eu descubro o céu ao meu alcance, e entro no paraíso. Que outra religião é tão perfeita?!
- Vá, não digas asneiras! Beija-me como se não houvesse nem futuro, nem céu, nem paraíso… Só nós, deuses de nós mesmos e do tempo. Donos do único mundo, que é o nosso.»
«- Sabes, nesta saga que até aqui nos trouxe, descobri que a alma humana é duplamente dualista. Por um lado, ela incorpora a luz do Bem, mas também a sombra do Mal. Aquele que prevalece sobre o outro determina o carácter de cada ser humano e aquilo que ele pode fazer com os dons e talentos que Deus lhe deu – enquanto falava, Mehemet olhava para a caixa que guardava a Lança do Destino. – Por outro lado, a nossa alma mostra-nos o conhecimento que se pode apreender pelos sentidos e, em contraponto, aquele que se pode adquirir através do que está para além do sensível, no plano mais espiritual e extrassensorial.»
«- O Deus que eu descobri é o Deus do silêncio, que nos ilumina a partir de dentro de cada um de nós… como um farol, cuja luz que d’Ele irradia para orientar os navegantes, é Cristo… o Cristo que foi morto na cruz, para redimir a Humanidade e expiar os seus pecados. É, por isso, um Deus bom, não um Deus que quer o mal dos humanos, como alguns o querem pintar.»
Os rostos voltaram à simetria inicial. Um irreprimível magnetismo que só os enamorados conhecem fundiu os seus perfumados hálitos. Os lábios conheceram-se na leveza do primeiro toque, sorriram e logo se dissolveram num beijo vermelho, longo, profundo e apaixonado. Como se as almas de cada um estivessem a perscrutar a do outro, e a afagar-se mutuamente, aconchegando o sentimento que, de forma indelével, já os unia.»
«Os dois amantes mergulharam, a seguir, um no outro, descobrindo, com vagar, pedaços de pele e de sentimento. Territórios erógenos e afeições reprimidas, agora desnudadas, com os corpos que se misturavam na areia fina. E rebolavam, em busca da eternidade que só a paixão intensa e descoberta consegue gerar, estendendo a vida para além dos limites, transformando homens em deuses, através de algo tão simples e complexo, como é a taça do doce veneno do amor, onde todos os humanos querem beber.»
«Aquele instante cristalizava todos os ódios e temores que nutriam entre si. O pensamento de Jaime foi, então, visitado com a dúctil imagem de Rosa. Vivia a ambivalência dos sentimentos: o amor por alguém já tão presente no seu coração, mas que não podia ser vivido em total plenitude, por causa de um homem, daquele homem, que, por razões nebulosas, lhe queria tirar a vida e que acreditava ser ainda noivo da sua amada.»
«Jaime, amor da minha vida,
Não imaginas a alegria que as tuas notícias me trouxeram. Acabaram os dias seguidos de tantas consumições, sonos ausentes, esperas de uma nuvem de pó que te trouxesse do deserto oriental, ou de uma galé que desembarcasse a razão dos meus dias. Não chegou, nem uma nem outra. Mas vieram as tuas notícias. Estás vivo e, em breve, estarás perto de mim. Vou disponibilizar todos os haveres pessoais de que posso dispor e pedir algum dinheiro emprestado aos meus irmãos. Serei eu mesma a resgatar-te. A trazer-te para junto de mim, para sermos felizes, como nos prometemos.
Jaime, tenho alguns segredos a revelar-te. Sei agora que posso confiar em ti e, por isso, pretendo a tua ajuda para algo que é muito importante na minha vida. Não vejo a hora de te ter ao meu lado.
Com esta carta, seguirá, pelo mesmo mensageiro, o padre Blanco, o dinheiro necessário à tua redenção. No momento em que te escrevo, ainda não o juntei todo. Mas, dentro de uma semana, quando voltar o padre a Argel, estou certa de que já o terei.
Recebe um jardim de rosas, para cheirares uma por cada dia da tua viagem de regresso.
Um beijo eterno da tua
Rosa»
«- Agora sei qual a verdadeira religião que este Mediterrâneo me fez descobrir!... – entrecortou Jaime, de olhos fitos nos da amada.
- E qual é, amor meu?
- És tu, a minha religião…! Que Deus me perdoe, mas, em ti, eu descubro o céu ao meu alcance, e entro no paraíso. Que outra religião é tão perfeita?!
- Vá, não digas asneiras! Beija-me como se não houvesse nem futuro, nem céu, nem paraíso… Só nós, deuses de nós mesmos e do tempo. Donos do único mundo, que é o nosso.»
«- Sabes, nesta saga que até aqui nos trouxe, descobri que a alma humana é duplamente dualista. Por um lado, ela incorpora a luz do Bem, mas também a sombra do Mal. Aquele que prevalece sobre o outro determina o carácter de cada ser humano e aquilo que ele pode fazer com os dons e talentos que Deus lhe deu – enquanto falava, Mehemet olhava para a caixa que guardava a Lança do Destino. – Por outro lado, a nossa alma mostra-nos o conhecimento que se pode apreender pelos sentidos e, em contraponto, aquele que se pode adquirir através do que está para além do sensível, no plano mais espiritual e extrassensorial.»
«- O Deus que eu descobri é o Deus do silêncio, que nos ilumina a partir de dentro de cada um de nós… como um farol, cuja luz que d’Ele irradia para orientar os navegantes, é Cristo… o Cristo que foi morto na cruz, para redimir a Humanidade e expiar os seus pecados. É, por isso, um Deus bom, não um Deus que quer o mal dos humanos, como alguns o querem pintar.»
VÍDEOS
Apresentação na TVI24 (15/11/2010)
Apresentação na SIC Notícias (15/11/2010)
Apresentação em Vila Nova de Gaia (17/11/2010)
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Apresentação na Biblioteca Municipal de Penafiel (19/11/2010)
Reportagem no programa «Ler Mais, Ler Melhor» da RTPN (22/11/2010)
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